O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi a estrela de almoço do Grupo de Líderes Empresariais do DF (Lide-DF) nesta quarta-feira (26). Presente no almoço, o Correio Político perguntou a Sabino qual seria, de fato, a disposição de seu partido, o União Brasil, de apoiar o governo Luiz Inácio Lula da Silva e permanecer com o presidente até 2026, quando ele deverá disputar a reeleição. "Seria talvez o caso de se perguntar a Gilberto Kassab [presidente do partido] se o PSD estará com Lula até o fim do seu governo em 2026". Eis na resposta de Sabino o grande dilema de Lula. Na última reunião ministerial, em janeiro, Lula perguntou aos ministros dos outros partidos que não o PT se estarão ou não com ele até o final. E obteve somente respostas vagas.

Lula iniciou na terça (25) a reforma ministerial, e demorou a iniciá-la, justamente por essa dúvida que externou na reunião ministerial. Por que abrir mais espaço para os partidos do Centrão se eles não lhe dão segurança de apoio e de que permanecerão com ele?

Enquanto Sabino falava no Lide, com a presença do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, na plateia, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciava sua pré-candidatura à Presidência da República. Kassab, do PSD, também já falou em candidatura própria.

Celso Sabino, porém, não fugiu da pergunta. Ele afirmou que, internamente, faz parte da ala do União Brasil que defende que o partido não somente esteja com o governo Lula até o final como seja uma das legendas da sua coalizão em 2026 para disputar a reeleição. "Mas isso será discutido internamente dentro do partido de forma democrática", respondeu o ministro do Turismo. "Até lá, o que é preciso fazer é trabalhar todo dia como se não houvesse amanhã", continuou. Ou seja, o ministro afirma trabalhar para ajudar o governo porque é dele ministro agora, independentemente do que seu partido venha a fazer no futuro.

Sabino afirma que assumiu a pasta tendo um orçamento de apenas pouco mais de R$ 200 milhões. Precisou fazer um grande esforço para engordar esses recursos com a ajuda de emendas parlamentares ao orçamento. Conseguiu passar para mais de R$ 2 bilhões.

"Conseguimos superar todos os números", afirma o ministro. Segundo ele, mais de 6,7 milhões de turistas estrangeiros estiveram no Brasil no ano passado. Eles gastaram mais de R$ 43 milhões no país. Este ano, até agora, já foram 1,5 milhão de turistas estrangeiros, 50% a mais.

No turismo interno, afirma Celso Sabino, foram mais de 350 milhões de viagens pelo país. Em média, o turista brasileiro gasta em cada viagem R$ 2,5 mil, que alimenta restaurantes, lojas, hoteis e outros estabelecimentos em cada uma das cidades visitadas.

Mais de 118 milhões de passagens aéreas foram voadas, afirma Sabino. "Até chamado a mediar conflitos bélicos foi o presidente Lula. O que mostra o respeito que o Brasil conquistou". No União, pelo menos o ministro do Turismo demonstra estar com Lula.