Por: Redação

Polícia Civil identifica ossada encontrada no Morro da Oficina

Ossada foi encontrada em novembro do ano passado, durante as obras de contenção e drenagem | Foto: Portal dos Desaparecidos/Polícia Civil

Por Redação

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro identificou, nesta quinta-feira (06), a ossada encontrada no Morro da Oficina, em Petrópolis, em novembro do ano passado. Segundo o relatório da Superintendência-Geral de Polícia Técnico-Científica (SGPTC), os ossos são de Lucas Rufino, um dos dois últimos desaparecidos da tragédia que aconteceu em decorrência das chuvas, em fevereiro de 2022.

As análises foram feitas no Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC) de Petrópolis, nos setores de Antropologia Forense e de Odontologia Legal do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP). Além disso, uma amostra de material genético foi colhida e remetida para o Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF), onde foi realizada a comparação com o perfil dos familiares do desaparecido Lucas Rufino.

O extenso laudo afirma que, devido à localização do encontro da ossada, das características antropológicas e do confronto de perfil genético, é possível confirmar a identidade como sendo a de Lucas Rufino.

"A Polícia Civil espera, com isso, trazer um desfecho para a família dele. Em 2022, parentes do rapaz encontraram um outro corpo no Morro da Oficina, que acreditavam ser de Lucas, mas as análises mostraram que era de outra vítima da tragédia. Desde de fevereiro de 2022, a Polícia Civil vem trabalhando incansavelmente para localizar Lucas e confirmar sua identificação", informou a PCERJ em nota.

Três anos da tragédia

No dia 15 de fevereiro deste ano, completaram três anos da maior tragédia já registrada no município de Petrópolis. Na tarde daquela terça-feira (15 de fevereiro de 2022), durante um período de seis horas, a cidade de Petrópolis recebeu um volume de chuva, concentrado principalmente na sua região central, equivalente ao esperado para todo aquele mês. O resultado foram deslizamentos e enchentes, que deixaram um rastro de destruição na cidade e 235 mortos e dois desaparecidos.

Segundo informações da repartição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) no Rio de Janeiro, a cidade registrou o maior volume de chuva em 24 horas desde 1952. Registrando 259,8 mm de chuva no dia 15 de fevereiro. Cerca de um mês depois, em março, novamente um forte temporal atingiu o município, aumentando em sete o número de mortos. Ao todo, foram registrados 242 mortos e mais de 640 pessoas ficaram desabrigadas entre os dois meses.

Heitor Carlos
dos Santos 

Uma outra vítima que permanece desaparecida é Heitor Carlos dos Santos, que estava em um dos ônibus que foram arrastados pelo Rio Quitandinha durante a chuva. Dois ônibus da empresa Petro Ita, que faziam as linhas 401 - Independência e 465 - Amazonas, foram arrastados pela correnteza. Em vídeos que circularam nas redes sociais foi possível ver alguns passageiros tentando sair dos veículos. 

Sobre Heitor, a Policia Cívil informou que as "diligências seguem para encontrar a última vítima ainda desaparecida do desastre em Petrópolis".