O sobrenome já diz muita coisa. Filha do compositor Mauro Diniz e neta de Monarco, eterno baluarte da Portela, Juliana Diniz é herdeira de um legado musical expressivo e apresenta nesta quinta-feira (13), às 22h30, o melhor do samba de raiz e do pagode ao palco do Blue Note Rio, uma casa especializada em jazz mas que se abre a todas as linguagens musicais e que neste mês de março só receberá shows de mulheres em sua programação.
A cantora iniciou a carreira cedo, aos 16 anos, participando do disco do pai "Apoteose ao Samba", de 2003. Dois anos depois, em 2005, lançou o próprio disco de estreia e desde então não parou mais.
Criada em um ambiente imerso no samba, desde cedo Ju Diniz esteve envolvida com a música, participando de rodas de samba familiares e absorvendo a tradição do gênero. Além da música, explorou a atuação, estudando teatro e participando da novela "Senhora do Destino" (TV Globo). Mas foi na música que consolidou sua identidade artística.
"Cresci ouvindo samba em casa, acompanhando meu pai, meu avô e tantos outros mestres. Essa vivência me moldou e fez com que eu entendesse o samba não só como música, mas como história e resistência", afirma. "O samba tem verdade, tem alma. Meu papel é continuar esse legado com respeito, mas também trazendo minha identidade", reforça a artista que em 2006 participou do projeto "Circuito original" com o avô Monarco, Elton Medeiros, Roberto Silva, Eliane Faria e Nilze Carvalho.
Ao longo de sua trajetória, lançou diversos trabalhos que evidenciam sua versatilidade. E em 2012, gravou o DVD "Família Diniz - um coração azul e branco" junto do pai, do avô e do tio, Marquinhos Diniz. Em 2023, apresentou o single "Resolvida", seguido por "Superei".
Com uma carreira que equilibra tradição e renovação, Ju Diniz se firma como uma das boas vozes contemporâneas do samba, mantendo vivo o espírito do gênero.
SERVIÇO
JU DINIZ
Blue Note Rio (Avenida Atlântica, 1910 - Copacabana)
13/3, às 22h30
Ingressos a partir de R$ 60
