Vindo de perdas nas duas sessões anteriores, o Ibovespa obteve leve respiro nesta terça-feira, 25, em alta de 0,46%, a 125.979,50 pontos, com giro a R$ 21,7 bilhões. Destaque da agenda do dia, a leitura relativamente comportada do IPCA-15 referente a fevereiro, considerado a prévia da inflação oficial do mês, deu algum fôlego ao apetite por ações na B3, apesar do desempenho negativo dos carros-chefes Vale (ON -0,97%) e Petrobras (ON -0,86%, PN -0,45%) na sessão. Na semana, o Ibovespa recua 0,85% e, no mês, em -0,12%. No ano, sobe 4,74%.
"A despeito da surpresa positiva - tanto no número em si quanto na composição da inflação como um todo -, ainda é cedo para qualquer mudança de leitura da política monetária", diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. Ela destaca, na leitura de fevereiro, um início de desaceleração nos preços de alimentos.
"Além disso, foi a primeira vez em cinco meses que a inflação de serviços caiu - o que pode ser um sinal de que o aperto monetário está funcionando", acrescenta a economista, ressalvando que uma única observação não permite tirar conclusão "certeira".
Ela acrescenta que, "se os movimentos de queda de alimentos continuarem, e se não houver grandes preocupações adicionais com o fiscal, é possível que em algum momento do 2º semestre já se comece a discutir o início dos cortes de juros."
Na B3, a leitura do mês sobre a inflação contribuiu para firmar o apetite por ações. Na ponta ganhadora nesta terça-feira, Azul ( 8,47%), Magazine Luiza ( 7,42%), LWSA ( 7,14%) e Vibra ( 5,69%).