Com a guerra tarifária ainda no radar, e receio crescente de recessão nos Estados Unidos - especialmente após o presidente Donald Trump ter admitido essa chance -, o Ibovespa acompanhou a cautela externa e encerrou a primeira sessão da semana em baixa de 0,41%, aos 124.519,38 pontos. O ajuste foi bem mais contido do que o observado em Nova York, onde as perdas chegaram a 4,00%, no Nasdaq, no fechamento. Na B3, o índice de referência oscilou dos 123.471,46 aos 125.031,30 pontos, correspondente ao nível de abertura. Com o Ibovespa em baixa desde o começo da sessão, o giro ficou em R$ 20,3 bilhões nesta segunda-feira. No 1º terço do mês, o índice avança 1,40%, com ganho no ano a 3,52%.
No exterior, o dia foi de busca por proteção em ativos considerados seguros, ou livres de risco, como os Treasuries, cujos rendimentos desses papéis caíram. Poucas ações de primeira linha se livraram da aversão a risco: Itaú (PN 0,89%), na máxima da sessão no fechamento.
O dia também foi positivo para Eletrobras (ON 0,74%, PNB 0,75%).
Na ponta ganhadora do Ibovespa, Magazine Luiza ( 4,96%), Assaí ( 3,97%) e JBS ( 2,67%). No lado oposto, Brava (-5,72%), Hapvida (-5,53%) e Caixa Seguridade (-4,07%).
Em Nova York, além do Nasdaq, o Dow Jones e o S&P 500 encerraram o dia com perdas de 2,08% e 2,70%, respectivamente. "Trump minimizou essas oscilações e destacou que é importante focar no longo prazo, mesmo diante das dificuldades econômicas atuais", diz Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos.