Por Marcello Sigwalt
Após ficar estável (0,0%) em dezembro, o volume de serviços recuou 0,2% em janeiro último. Já em relação a igual mês de 2024, o setor subiu 1,6%, o que configura a décima alta consecutiva do indicador, com variação acumulada de 2,9% nos últimos 12 meses, abaixo da registrada em dezembro de 2024 (3,2%).
De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nessa quinta-feira (13), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação negativa do primeiro mês do ano sofreu maior influência dos serviços de transportes, que 'tombaram' 1,8%, no mesmo comparativo mensal, com destaque para as taxas negativas dos segmentos: dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correio.
Também negativos foram os desempenhos dos serviços prestados às famílias (-2,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). Enquanto o primeiro eliminou parte do ganho de 7,0% acumulado entre maio e dezembro de 2024, e o último teve a terceira retração seguida, com perda de 3,7% nesse intervalo.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, "após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação. Em janeiro, três das cinco atividades investigadas mostraram resultados negativos e, apesar da variação negativa, o desempenho do setor de serviços ficou próximo da estabilidade".
Maior impacto negativo de janeiro, o setor de transportes recuou 1,8%. "Houve quedas importantes no transporte dutoviário, com perda de receita de empresas desse segmento, no transporte aéreo, no transporte rodoviário coletivo de passageiros, no transporte ferroviário de cargas e na atividade de correio", concluiu Lobo.
