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Elevação da Selic favorece renda fixa

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na quarta-feira (19), a elevação da taxa básica de juros (Selic), em 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, em decisão unânime.

A nova alta da Selic e a visão de que o BC não finalizou o ciclo de aperto monetário com a decisão de hoje fazem com que a renda fixa continue como a classe mais atrativa no atual cenário, com destaque para pós-fixados, em carteiras mais conservadoras que oferecem a "sonhada" rentabilidade acima de 1% ao mês.

"A parcela pós-fixada continua sendo relevante. Com a perspectiva de aumento de juros que temos para as próximas reuniões, enxergamos como a principal classe nos portfólios", afirma Marcos Macedo, consultor de investimentos e head de Alocação na Faros Multi Family Office.

Já os títulos prefixados têm galgado espaço nos portfólios. Na Faros MFO, a visão está mais construtiva, embora a posição não esteja muito acima da neutra. "Ainda há riscos significativos no cenário local, sem clareza sobre o final do ciclo", observa Macedo.

"No final do ano, os prefixados estavam mal precificados, mas as taxas já caíram 150 pontos-base, próximas a 14,5%. Por outro lado, os títulos de inflação não oscilaram quase nada, com taxas próximas de máximas históricas, entre 7,5% e 7,8%. Esses títulos garantem boa taxa de carregamento e proteção contra inflação", afirma Helder Bassi, head de Investimentos da Est Gestão de Patrimônio, que mira vencimentos na faixa entre cinco e seis anos.

Os vencimentos mais curtos de indexados à inflação, como 2027, ou intermediários, como 2035, também estão no radar da Santander Asset.b