Por: Thamiris de Azevedo

DF registra primeiro caso de sarampo em cinco anos

A vacina é fundamental para evitar o sarampo | Foto: Freepik

A Secretaria de Saúde do DF (Ses-DF) confirmou um caso de sarampo no Distrito Federal em uma paciente do sexo feminino, com idade entre 30 e 39 anos. Segundo a Pasta, o início dos sintomas ocorreu em 27 de fevereiro de 2025.

Em nota, a SES confirma que a infectada se encontra estável. “Atualmente, a paciente encontra-se em bom estado geral, não precisou ser hospitalizada e a doença evoluiu para cura sem intercorrências. Destaca-se que ela seguiu todas as orientações da vigilância epidemiológica, mantendo-se em isolamento domiciliar para evitar a transmissão do vírus”.

Após a confirmação do caso, a Secretaria entrou em contato com 278 pessoas que estiverem em contato com a enferma, que já se encontravam em isolamento domiciliar. Foram fornecidas orientações, sinais de alerta, verificação do cartão de vacinação. Se a pessoa não tiver vacina, pode ser aplicada a estratégia de bloqueio vacinal seletivo, que é a aplicação no prazo máximo de 72 horas após a exposição ao vírus.

Segundo a Secretaria, trata-se de um “caso importado”, ou seja, provavelmente transmitido por alguém que não reside no DF, uma vez que a mulher possui histórico de viagens internacionais.

Desde 2020, o DF não registrava casos de sarampo em residentes, ocasião em que foram registrados cinco pacientes. Ainda, a secretaria informa que desde 1999 não ocorre transmissão de um residente do DF para outro residente do DF.

Sintomas e vacina

O órgão reforça a importância de procurar uma Unidade Básica de Saúde logo após os primeiros sintomas como febre e erupção cutânea caracterizada por manchas vermelhas ou rosadas na pele acompanhado de tosse, coriza e /ou conjuntivite. Destaca que é necessário ter sempre consigo o cartão de vacinação.

Para o presidente da Câmara Técnica de Eliminação do Sarampo, Renato Kfouri, a vacina é essencial para erradicar a doença no Brasil.

“Nossa lição de casa é manter a população vacinada”, afirma. Kfouri destaca que o Brasil em 2016 recebeu o título de erradicação do sarampo, mas a doença retomou ao país em 2018. Explica que é impossível evitar os casos importados, pois o sarampo acontece em todo mundo, mas que é necessário não gerar casos secundários, evitando a contaminação e aplicando a vacinação. Os quatro casos confirmados no Brasil este ano, segundo ele, não geraram nenhum caso secundário, ou seja, repasse da infecção.