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Exportações baianas caem 0,96% em fevereiro

No segundo mês de 2025, as exportações da Bahia somaram US$ 753,5 milhões, representando uma queda de 0,96% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As importações totalizaram US$ 650,8 milhões, com uma redução de 0,81%. No bimestre, as exportações acumularam US$ 1,58 bilhão, uma queda de 10,1%, enquanto as importações chegaram a US$ 1,53 bilhão, com um aumento de 13,3%, comparado ao ano anterior.

Os dados revelam que a principal razão para o desempenho negativo das exportações baianas foi a queda de 7,5% nos preços dos produtos exportados, em comparação com fevereiro de 2023. No entanto, o volume embarcado aumentou 7%. A análise foi realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No setor agropecuário, as exportações baianas subiram 37,7% em fevereiro, impulsionadas pelos embarques da safra recorde de soja e pelo aumento das exportações de café. Por outro lado, a indústria de transformação e a indústria extrativa enfrentaram quedas de 16% e 36,8%, respectivamente. Esses resultados indicam que, em 2025, o crescimento das exportações agropecuárias será sustentado pelo aumento da safra, que deve crescer 6,7%, embora com preços mais baixos. No entanto, a indústria deve ter um crescimento mais modesto, impactado pela política monetária restritiva e pela desaceleração da economia global, influenciada pelas incertezas econômicas geradas pelos impulsos conflitantes do governo Trump e pelas ameaças de guerra comercial.

As exportações brasileiras para a China, principal destino dos produtos baianos, caíram 5,1% em fevereiro, em comparação com o ano passado. No entanto, as exportações totais para a Ásia cresceram 11%. As vendas para os EUA recuaram 15,5%, mas as exportações para a América do Norte aumentaram 10%, impulsionadas pela demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro-ligas. As vendas para a União Europeia também caíram 8,7%.