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Quanto vale uma máscara?

As redes sociais voltam a ser tema deste espaço editorial. Desta vez, sem muitos elogios aos benefícios, mas sim alerta aos perigos e a urgência por medidas mais rígidas.

As ascesão de plataformas digitais como Instagram e Facebook, trouxe com elas uma ameaça que está em constante crescente e é subestimada: os perfis falsos. A criação de contas fake tem sido usada para diversos fins, desde a simples brincadeira até crimes graves como golpes financeiros, difamação e disseminação de fake news. Perfis falsos podem imitar figuras públicas, jornalistas, empresas e até cidadãos comuns para enganar, manipular e até causar danos emocionais irreparáveis. No campo político, por exemplo, esses perfis são usados para espalhar desinformação e influenciar a opinião pública de maneira sorrateira.

O que leva uma pessoa a se 'passar' por outra pessoa atrás das telas de seu celular ou computador? O que leva uma pessoa utilizar essa 'máscara' para atingir tal objetivo? O problema é que muitas pessoas, as vítimas de situações relacionadas aos fakes, acabam acreditando nas falas, discursos. Até mesmo encontros são formulados atrás de contas que não passam de mentiras e enganações.

E sabem o que é pior? Nem sempre as plataformas punem, de fato, tais perfis fakes. Alguns permanecem nas redes, mesmo com inúmeras denúncias e pessoas e mais pessoas acabam sendo vítimas. Ou seja, ainda há uma grande lacuna na regulação e fiscalização desses casos. As redes sociais, por mais que aleguem esforços para conter essa prática, ainda permitem que milhões de perfis falsos circulem livremente, promovendo ataques coordenados e espalhando inverdades, além de enganar pessoas. O processo de verificação de identidade ainda é falho, e o combate a essas contas depende, na maioria das vezes, das próprias vítimas.

O anonimato nas redes sociais não pode ser um escudo para criminosos e pessoas com más intenções. Se, no mundo físico, a falsidade ideológica é crime, por que no digital ainda há tantas brechas para que impostores se aproveitem da boa-fé alheia?

Este jornalista que vos escreve está sendo vítima, há meses, de um perfil no Instagram que está se passando por ele e nada que faz consegue deter tamanha maldade. Já que vítimas estão relatando desrespeito e possíveis encontros com o(a) impostor(a).