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A lição que deve ser levada em conta

O nosso país tem no turismo uma de suas maiores riquezas. Mas junto a essa vocação vem a responsabilidade de garantir que os destinos brasileiros sejam não apenas belos e atrativos, mas também seguros e bem preparados.

A recente morte de um turista nas escadarias que dão acesso ao monumento do Cristo Redentor expôs uma falha inaceitável no planejamento de um dos mais importantes cartões-postais do Brasil. Não se trata somente de buscar culpados ou transformar o ocorrido em um embate burocrático entre órgãos públicos e concessionárias. O momento exige também reflexão e, acima de tudo, ação para evitar que tragédias como essa se repitam.

O Cristo Redentor recebe milhares de visitantes diariamente, muitos vindos de longe e sem preparo para o esforço físico exigido no trajeto final. No entanto, mesmo com essa previsibilidade, um posto médico que poderia ter sido crucial para salvar uma vida estava fechado. É inadmissível que um ponto turístico de tamanha relevância funcione antes que os serviços essenciais, como atendimento médico, estejam plenamente operacionais.

Esse caso é um alerta não apenas para o Cristo Redentor, mas para todos os grandes atrativos turísticos do país. O turismo é uma atividade que exige um planejamento minucioso e integrado. Não basta garantir transporte, acessibilidade e segurança estrutural; a saúde dos visitantes deve ser prioridade. A experiência turística deve ser segura em todos os aspectos, e isso passa por uma gestão responsável e atenta às possíveis emergências.

Que essa perda sirva de lição para que possamos fortalecer nossos pontos turísticos, eliminando as lacunas que, infelizmente, ainda existem.