Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Bolsonaristas temem candidatura de Eduardo

Filho do ex-presidente é deputado federal | Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados

Aliados de Jair Bolsonaro temem que, em 2026, o ex-presidente insista em lançar o filho Eduardo, deputado federal por São Paulo, para disputar o Palácio do Planalto.

O medo é tão grande que o assunto chegou até ao pastor Silas Malafaia, um dos pouquíssimos amigos capazes de dar broncas em Bolsonaro.

O Correio Bastidores apurou que até mesmo o religioso, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, concorda que a rejeição de Eduardo inviabilizaria suas chances de chegar à Presidência.

O problema todo é a dificuldade do ex-presidente de confiar em qualquer pessoa que não seja de sua família. Ainda mais agora — ameaçado de ser processado e preso — teme muito ser traído por correligionários.

 

Impasse

A situação gerou um impasse. Na avaliação de bolsonaristas, o apoio do ex-presidente é fundamental para qualquer oposicionista que queria chegar à Presidência. A questão é saber como evitar que ele opte por uma solução familiar, descolada da realidade política.

Outubro

Partidários de Bolsonaro afirmam que o ideal seria a oposição lançar um nome à Presidência em outubro, um ano antes da eleição. Não há, porém, sequer a certeza de que, até lá, o ex-presidente já terá sido condenado e preso — e ninguém duvida de seu destino.

Para oposição, Tarcísio é o candidato inevitável

Lula com Tarcísio, ontem, em São Paulo | Foto: Ricardo Stuckert / PR

Como cantava Jair Rodrigues, a oposição já está na base do deixa que diga, que pensem, que falem — insite que não há outro candidato mais viável à Presidência que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"O sistema escolheu Tarcísio", afirma um experiente político do PL.

Para ele e outros colegas, o aumento da impopularidade de Lula estimula o lançamento da candidatura do governador, apesar de suas repetidas declarações de que tentará a reeleição para o Palácio dos Bandeirantes.

A dificuldade será convencer Bolsonaro, que desconfia de Tarcísio e odeia vê-lo ao lado de Lula.

Menos leitos

Em onze meses, aumentou a indisponibiilidade de leitos nos institutos nacionais de Câncer e de Cardiologia, ambos no Rio. Em março, em uma das unidades do INCA, 17% dos leitos estavam interditados: ontem, em dois de seus hospitais, os índices eram de 21% e 19%.

Ortopedia

No INC, a falta de vagas subiu de 13% para 17%. Em outro instituto nacional, o de Traumato-Ortopedia, houve uma melhora — os leitos interditados caíram de 16% para 13% do total. Os dados podem ser consultados no Censo Hospitalar, mantido pela prefeitura do Rio.

Sem cama

O censo cita cada leito e, no caso dos interditados, mostra a razão da inatividade. No INCA, há vagas que não podem ser ocupadas por falta de técnicos de enfermagem e de insumos, por manutenção predial e até por uma cama quebrada desde 18 de junho do ano passado.

Zero por cento

Os índices de interdições de leitos nos institutos e nos seis principais hospitais federais do Rio (este, de 19,56%) contrastam com os das redes municipal e estadual, bem menores — de até 0%. A exceção é o Souza Aguiar, da prefeitura (15%), que está em obras.