Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Pressão faz PL priorizar indicação de Eduardo

Eduardo tem buscado apoio nos Estados Unidos | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL) afirmou que, diante da pressão para que o passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja apreendido, o partido vai mesmo exigir que ele seja o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Casa.

Ao Correio Bastidores, Sóstenes disse que, caso seja necessário, a indicação de Eduardo será a primeira a ser feita pelo PL — por ter a maior bancada, o partido tem direito a presidir seis comissões. Terá também a prerrogativa de fazer as duas primeiras escolhas.

A retenção do passaporte de um dos filhos de Jair Bolsonaro foi pedida pelos deputados petistas Lindbergh Farias (RJ) e Rogério Correia (MG). Alegam que Eduardo tem cometido crimes contra a soberania nacional.

 

Xandão na mira

Segundo os parlamentares, Eduardo seria responsável por crimes ao, em viagens aos Estados Unidos, articular retaliações ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Este determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o pedido.

Sem opções

Para Sóstenes, a ida da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o Ministério das Relações Institucionais demonstra a dificuldade do governo de conseguir levar um nome do Centrão. Segundo ele, a própria deputada admitiu que seria melhor ter um moderado no cargo.

Advogado que criticou Lula foi alvo de brincadeira em baile

No Centro do Rio, Kakay faz o L de Lula. | Foto: Fernando Molica

Autor, no mês passado, de uma carta aberta em que faz críticas ao amigo Lula, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, fez o "L" ao ser fotografado pela coluna, no Centro do Rio.

Acompanhado da mulher, Valéria Vieira, Kakay participou do Baile do André Diniz, na parte externa do bar Alfa, na Praça XV.

Um dos músicos que participavam da roda, o compositor, cavaquinista e cantor Tomáz Miranda brincou quando viu que o criminalista estava por lá.

Advogado, diretor de um departamento da Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, Miranda falou ao microfone: "Manda uma carta pra mim, Kakay!".

Orgasmo

A trilha sonora da entrega do Oscar até que acertou ao tocar trecho de "Je t'aime, moi non plus" no momento em que Walter Sales Jr. subiu ao palco. A canção, de 1969, fez sucesso ao simular um orgasmo de seus intérpretes: o autor, Serge Gainsbourg, e sua mulher, Jane Birkin.

Liberação

Assim como personagens de "Ainda estou aqui", a música foi alvo da ditadura brasileira, chegou a ser proibida no país. A censura apreendeu discos que traziam a gravação. Quatro anos depois, acabou liberada, mas permaneceu interditada para execução pública.

'Ressonância'

Parecer assinado em 1973 por Maria Luiza Barroso Cavalcante, da Divisão de Censura da Polícia Federal, defende a liberação controlada do disco, já que a "ressonância" das músicas, entre elas, "Je t'aime..." vai depender do estado de espírito de cada ouvinte".

Amigos punidos

Segundo ela, entre adolescentes, os "estímulos" da música seriam duvidosos. O processo mostra que a censura não poupava nem os aliados. Autores do sucesso "Eu te amo meu Brasil", Dom e Ravel tiveram sua música "Animais irracionais" proibida de ser tocada em público.