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Desmatamento caiu 85% no Amazonas neste ano

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) registrou uma redução de 85,3% no desmatamento e 85,43% nos focos de calor entre 1º/2 e 10/3, em comparação com o mesmo período de 2024.

O levantamento, conforme divulgado pela Agência Amazonas, apontou 453 ocorrências, com 2.549 hectares de vegetação derrubada.

No mesmo intervalo de 2024, foram registrados 3 mil eventos, totalizando 9 mil hectares desmatados.

No caso dos focos de calor, o estado apresentou 22 ocorrências no período analisado, enquanto no ano anterior havia registrado 151 focos.

Segundo o Ipaam, a redução é atribuída ao monitoramento realizado pelo Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), que utiliza imagens de satélite para detectar mudanças na cobertura florestal.

Os dados mostram que os municípios com maior número de alertas de desmatamento foram Novo Aripuanã, com 52 ocorrências e 410 hectares desmatados; Apuí, com 49 alertas e 842 hectares derrubados; e Lábrea, com 43 alertas e 533 hectares atingidos.

Em relação aos focos de calor, os municípios com maior incidência foram São Gabriel da Cachoeira, com 9 registros, seguido por Japurá e Lábrea, ambos com 2 focos.

No mesmo período de 2024, São Gabriel da Cachoeira havia registrado 34 focos de calor, enquanto Apuí e Barcelos contabilizaram 20 e 12 ocorrências, respectivamente.

Os focos de calor não indicam necessariamente queimadas ilegais, podendo estar relacionados a vegetação seca, queimadas controladas ou fatores naturais. No entanto, podem também resultar de atividades humanas acompanhadas pelos órgãos ambientais.

O desmatamento ilegal no Amazonas está sujeito a penalidades previstas no Decreto Federal nº 6.514/2008.

A multa é de, no mínimo, R$ 5 mil por hectare ou fração de área desmatada, podendo dobrar em casos de uso de fogo.

Além das penalidades financeiras, o Ipaam pode embargar as áreas atingidas e apreender equipamentos utilizados nas infrações ambientais.

A exploração ilegal de madeira, frequentemente registrada no início do ano, é apontada como uma das principais causas do desmatamento e precede o aumento das queimadas.