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Um século olímpico a ser celebrado em Paris

Um acontecimento esportivo que ocorre de quatro em quatro anos, mas que, em 2024, reserva algo a mais. No dia 26 de julho, estará sendo, oficialmente — já que algumas competições já começaram, como futebol e rugby —, aberta a 33ª Olimpíada de Verão em Paris. Coincidentemente, no dia 27, celebra-se o encerramento da última na capital francesa, que foi a 8ª Olimpíada da Era Moderna, há 100 anos.

Cem anos separam os dois Jogos Olímpicos e muita coisa aconteceu no mundo entre eles. Em 1924, os países passavam por um período de recuperação da Primeira Guerra Mundial e da gripe espanhola. As competições, que hoje duram semanas, naquela época eram meses. O transporte, que hoje é avião ou mesmo por trem — no caso da competição ser na Europa, levando em consideração a malha ferroviária do continente —, no início do século XX era por navio. Aliás, até a virada do século tem o fato, pois o de agora será no XXI.

Hoje, o mundo, em mais uma coincidência, vem de resgate de uma pandemia, a covid-19, que fez até adiar em um ano os Jogos de Tóquio, que foram em 2021. Essa será uma Olimpíada da modernidade e para mostrar os progressos da capital francesa, após ter sido invadida pelo nazismo de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

Politicamente, a França também passa por problemas. Se em 1924 o país estava em ebulição pelas constantes trocas de primeiros-ministros, hoje quase que o presidente Emmanuel Macron dá um tiro contra si próprio e transporta a direita radical no centro da política, às vésperas da abertura. Mesmo assim, terá que governar numa estrutura com a esquerda, colocando pontos contrários à sua política para frente.

De qualquer forma, será uma Olimpíada para muitos verem a força esportiva tanto dos Estados Unidos, quanto da China, Rússia e um esperado crescimento da França. Para o Brasil, será difícil repetir o desempenho de Tóquio, mas o país vem forte em algumas modalidades.

Que mais coincidências acontecem pelo mundo, principalmente para celebrar a união política pelo esporte, o principal chamariz das forças e minorias pelo mundo.