O céu do Rio de Janeiro, que completa mais um ano neste sábado, se enfeita de estrelas, mas neste fim de semana são as da Sapucaí que brilham mais forte. Sob um mar de confetes e fantasias deslumbrantes, as escolas de samba do Grupo Especial transformam o carnaval em cor, ritmo, poesia e movimento.
Na cadência do surdo, cada agremiação risca o asfalto com sua própria história, bordada em lantejoulas e embalada por vozes que entoam sambas que se imortalizam na memória do povo. Mas não é só brilho e magia. O que dá essa grandeza ao carnaval carioca é a capacidade que cada escolas tem de apresentar o Brasil em toda sua diversidade. Entre alegorias monumentais e alas coreografadas, ressoam os tambores que ecoam a herança africana e se misturam às vozes que reverenciam os povos originários. A cultura afrobrasileira pulsa forte nos enredos, exaltando os orixás, os griôs e a resistência que molda a identidade nacional. Ao mesmo tempo, os ritos, mitos e saberes indígenas emergem como fios essenciais dessa tapeçaria de cores e sons.
Que venham esse filhos de Xangô, de Iansã e de Tupi contar histórias como ninguém e fazer o povo se ver na avenida, pois a força desse espetáculo tem a comunidade como razão de existir. Aqui, na Passarela do Samba, o Brasil canta sua própria história!
Conheça os enredos das 12 escolas do Grupo Especial