Por Marcello Sigwalt
Em decorrência do impulso 'decisivo' da indústria, o consumo de energia elétrica no país totalizou, em janeiro último, 47.143 gigawatts-hora (GWh), o que representa uma elevação de 0,6%, para igual mês do ano passado, apontam dados, divulgados, no último sábado (1º), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Entre as classes de consumo, o grande destaque coube ao setor industrial, responsável por um avanço de 3% em janeiro de 2025, somando 15.985 GWh, o maior volume para o mês de janeiro de toda a série histórica.
Em maior detalhamento do setor, a EPE informou que, dos dez setores industriais mais eletrointensivos, oito registraram expansão de consumo, cabendo a liderança do ranking ao automotivo, com alta de 9,7%, em linha com a produção de veículos, a qual cresceu 15,1% em janeiro.
Em seguida, vem a metalurgia, cuja demanda de eletricidade subiu 4,8%, a reboque da produção de alumínio; a fabricação de produtos de borracha e material plástico (com alta de 4,1%); produtos alimentícios ( 3,9%); produtos de minerais não metálicos ( 3,8%); extração de minerais metálicos ( 3,6%), e setor têxtil ( 3,3%). O setor químico, por sua vez, consumiu 2% mais em janeiro, abaixo da média da indústria no período, enquanto a produção de papel e celulose manteve-se estável (-0,1%). Já produtos de metal apresentou queda de 1,1%.
Também mereceu menção a classe residencial, com alta anual de 1,4% no consumo de eletricidade, para 15.637 GWh. A expansão cessou o movimento de queda observado no mês anterior.
Para a EPE, entre os fatores contribuíram para o maior consumo residencial está a expansão de 2,3% no número de consumidores residenciais e a melhoria nas condições de emprego e renda no País.
A alta foi concentrada mais nas regiões Sudeste ( 2,4%) e Nordeste ( 2,2%).