Por Marcello Sigwalt
Como marco que interrompe um ciclo de três meses seguidos de taxas negativas, a produção industrial apresentou variação nula (0,0%), de dezembro de 2024 para janeiro de 2025, embora o setor registre alta de 1,4%, no comparativo anual e de 2,9%, no período de 12 meses. Somando as perdas de 0,2%, em outubro, de 0,7%, em novembro, e de 0,3%, em dezembro, o recuo acumulado chega a 1,2%, divulgou, nessa terça-feira (11), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em contraponto, no detalhamento do primeiro mês deste ano, o instituto aponta que três, das quatro categorias econômicas, e 18 dos 25 ramos pesquisados apresentaram avanço de produção, com destaque para máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).
Na avaliação do gerente da pesquisa, André Macedo, tais atividades vieram de comportamento negativo no final de 2024, sob maior influência das férias coletivas nesse período. "Há um movimento de maior dinamismo para a produção de janeiro de 2025 por conta dessa volta à produção e que elimina a perda registrada em dezembro de 2024", explica.
A eventual estabilidade industrial decorre, ainda, de contribuições positivas de produtos de borracha e de material plástico (3,7%); artefatos de couro; artigos para viagem e calçados (9,3%); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%); produtos diversos (10,0%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,3%); móveis (6,8%); manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (5,0%) e de produtos alimentícios (0,4%).
Entre as seis atividades que apontaram redução na produção, o destaque coube às indústrias extrativas (-2,4%), que exerceram o maior impacto em janeiro de 2025, ao interromperem dois meses seguidos de crescimento na produção, acumulado em 0,5%.