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Natal ganha cinema público para acesso popular à cultura

O audiovisual potiguar celebra um marco histórico com a criação de um cinema de rua público, destinado à exibição de produções locais e obras de arte, com acesso democratizado à população.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra assinou o decreto de desapropriação do imóvel onde funcionou o tradicional Cine Panorama, localizado no bairro das Rocas, um dos cinemas mais emblemáticos em Natal.

A cerimônia de assinatura, que contou com a presença de produtores audiovisuais, representantes da comunidade local e autoridades, também formalizou o processo de tombamento do prédio, que preserva a memória de décadas de história.

A desapropriação e a restauração do espaço serão realizadas com recursos provenientes da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).

Espaço audiovisual

A governadora Fátima Bezerra destacou a importância do ato para a cultura e o audiovisual potiguar. "As únicas capitais que não dispunham de um cinema público no Brasil eram Natal e Campo Grande. Agora, com a desapropriação do Cine Panorama, Natal sai dessa estatística e ganha um cinema público, fortalecendo a cultura e promovendo o audiovisual local, além de ampliar o acesso ao cinema nacional.

Este cinema beneficiará os bairros das Rocas e Ribeira, integrando um corredor cultural que já inclui o Teatro Alberto Maranhão, a Rampa, o IFRN e o Forte dos Reis Magos", comemorou a governadora.

A secretária de Cultura da região, Mary Land Brito, reforçou a relevância histórica e social do Cine Panorama, mencionando que o espaço será fundamental para a exibição de filmes potiguares. "Esse é um momento importante para o Rio Grande do Norte e para a comunidade das Rocas.

O Cine Panorama será um local crucial para o setor audiovisual, permitindo exibir obras locais e de circulação nacional que, muitas vezes, não encontram espaço prolongados nos cinemas comerciais", afirmou a secretária.

Reivindicação do Setor

A criação do cinema de rua é uma antiga reivindicação do setor cultural do estado, que lutava por um espaço que proporcionasse visibilidade às produções locais e ampliasse o acesso a filmes que não entram no circuito comercial.