As eleições da Alemanha podem indicar não apenas a volta do partido de Angela Merkel ao poder, como também uma difícil coalizão a se fazer, para alguma legenda governar o país. Isso porque a extrema-direita deve conquistar um grande número de assentos no parlamento, podendo até ser a segunda grande força do Congresso.
Mesmo pautada em ideais neonazistas, o partido está em crescente na Alemanha por uma condição bastante feroz e que atinge toda a Europa: imigração.
Desde a virada da década, as políticas migratórias estão perdendo força no Velho Continente, em especial pelos males que ela vem causando nos territórios, como aumento da violência, inchaço nos serviços públicos e alta da pobreza em algumas cidades. Paris, por exemplo, segundo os relatos de muitos viajantes, perdeu um pouco o seu glamour e agora precisa andar com os olhos bem abertos, para não ser pego pelos "caçadores de bolsos", no bom português. Os ladrões que roubam bolsas, celulares e outros objetos sem a gente perceber, no meio da multidão.
Por mais que algumas pesquisas venham dizer que uma coisa não está ligada à outra, fica difícil defender quando os números expressas esse aumento exponencial. E a própria população também já percebeu isso, apoiando as medidas dos partidos de extrema-direita em seus países, cujas políticas são exatamente anti-imigratórias.
Daqui a dois anos, será a vez da França — se não tiver outra virada de mesa de Macron — entrar em processo eleitoral e a extrema-direita, de Marine Le Pen, tem chance de tomar o poder, algo que não acontece desde a República de Vichy.
As políticas de imigração serviram, em tempos passados, para fortalecer os laços humanistas dos países europeus com nações em guerras. Porém, o boom de imigrantes fez com que as populações locais ficassem descontentes com tal política e adotassem medidas para tentar diminuir essa abertura de portas.
O grande problema da extrema-direita entrar ao poder nas grandes potências europeias venha a ser a dificuldade de negociação que elas podem causar no continente. Exceto se seguirem o papel de Giorgia Meloni, que faz uma coalizão firme na Itália, mas externamente, consegue surfar nas ondas dos congressos mundiais e negociar tratados pelo bem do seu país, deixando um pouco de lado as tradições de seu partido.